“Estamos diante de um dos monumentos mais importantes da arquitetura brasileira. O principal monumento municipal”. Foi exaltando o Palácio Antônio Lemos que o prefeito Edmilson Rodrigues assinou na noite desta terça-feira, 17, o documento que autoriza a licitação para as obras de restauração do espaço.
O prédio vai receber um investimento de R$ 18 milhões, que serão aplicados em toda estrutura do Palácio, para a execução da restauração completa do patrimônio, que vai durar de 18 a 20 meses. A previsão é que o processo de licitação seja aberto no início de setembro, segundo explicou o titular da Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), Deivison Alves. “Esta licitação vai abranger toda a estrutura do palácio. Estamos na fase final do termo de referência e, após isso, vamos abrir a licitação, o que vai acontecer no mês de setembro”, explicou.
Durante a cerimônia, o prefeito Edmilson Rodrigues lembrou que nas suas duas primeiras gestões realizou duas intervenções no prédio. “Fizemos duas grandes reformas no Antônio Lemos, reforçando a estrutura, pintura e telhado. Visitei o local no início deste ano e vi o grau de destruição que estava o prédio. Hoje anunciamos que, dentro de duas semanas, nós teremos o lançamento do edital de licitação”, comentou.
Histórico – O Palácio Antônio Lemos foi inaugurado em 1885 e é fruto da época áurea do ciclo da borracha. O prédio foi construído para ser sede da Prefeitura de Belém. Chamado, inicialmente, de Palacete Azul, devido à cor de suas fachadas, o local ganhou um novo nome a partir da década de 50 quando ganharia o nome de “Antônio Lemos”, Intendente de Belém de 1897 a 1911 e principal responsável pelo processo de reurbanização e modernização da cidade.
O prédio está localizado no centro histórico de Belém, de frente para a Praça D. Pedro II e fundos para Praça Felipe Patroni, junto às sedes do Poder Judiciário e do Legislativo Estadual.
Palacetes – Antes do ato de autorização para as obras no Palácio Antônio Lemos, o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, visitou o Palacete Pinho, localizado no bairro da Cidade Velha. O imóvel pertence ao poder municipal e passou por obras em 2003, mas acabou não sendo utilizado nos anos seguintes. O gestor municipal visitou os três andares do prédio, que é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Após a visita o prefeito Edmilson Rodrigues anunciou que a equipe de projetos especiais da Prefeitura vai elaborar um projeto para a restauração do local, que pode vir a ser um espaço para o aprendizado de música e outras artes. “Foi com tristeza que vi esse importante patrimônio deteriorado. Iniciamos o trabalho, estabelecendo a criação de um grupo para elaborar o projeto de restauro, para que, no ano que vem, nós possamos ter o Palacete Pinho transformado em uma grande escola de artes, tendo a música, a dança, o cinema, a pintura e muitas outras manifestações”.
Outro espaço que está sendo resgatado é o Palacete Bolonha, que está sendo preparado para receber o público ainda no segundo semestre deste ano. De acordo com o presidente da Fundação Cultural de Belém (Fumbel), Michel Pinho, o resgate desses patrimônios é um bem histórico e social. “O mais importante é a relação da prefeitura com a sua população, que preserva e mantém uma história viva do patrimônio e da memória de Belém, e dá uso social e artístico para esses espaços”, enfatizou.
Patrimônio – Celebrado no dia 17 de agosto, O Dia Nacional do Patrimônio Histórico comemora a herança e a memória. Atualmente, a Prefeitura de Belém vem atuando para resgatar os patrimônios municipais, como é o caso do Mercado de São Brás. Segundo o prefeito Edmilson Rodrigues, o espaço será completamente reformado pelo poder municipal. “A prefeitura assumirá a reforma e modernização do Mercado de São Brás. Com mezanino, planejamento das ruas do entorno para estacionamento e área de lazer. Tudo isso receberá investimento municipal”, anunciou.
Texto: Victor Miranda