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Caramanchão de Mosqueiro recebe readequação original e é inaugurado no aniversário da ilha

O caramanchão da praia do Chapéu Virado, que desabou no último dia 5 de fevereiro em decorrência da ventania e das avarias na sua estrutura, foi readequado aos moldes originais dos últimos anos e inaugurado na noite desta terça-feira, 6, como parte da programação de inauguração dos 126 anos de Mosqueiro.

O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, demonstrou emoção durante a programação de aniversário da ilha. “Várias secretarias estão atuando aqui em Mosqueiro. Nós inauguramos um museu de arte, que todos devem visitar; estamos fazendo a limpeza urbana para a recuperação do asfalto e fico muito feliz de em seis meses está inaugurando várias obras aqui”, explanou. Ele também ressaltou que é necessário valorizar a ilha visitando, fomentando a economia, ajudando diversas famílias que dependem do turismo.

Edmilson contou que entrou no ônibus da Guarda Municipal, que monitora 13 pontos de Mosqueiro, através de câmeras móveis instaladas, cujas imagens monitoram as ruas da ilha 24h. Ele parabenizou a Seurb pela obra do caramanchão, iniciada logo após o desabamento e informou que a iluminação da obra é incidental, que é para embelezar a arquitetura, mas vai ficar mais bonito quando as plantas subirem para ornamentar o espaço.

A agente distrital de Mosqueiro, Vanessa Egla, ressaltou que em apenas um pouco mais de seis meses, a gestão Edmilson Rodrigues já conseguiu inaugurar mais de cinco obras e realizar muitos serviços na ilha. “É um momento muito importante para Mosqueiroe vai vir muito mais. Hoje conseguimos retomar a obra do Mercado Municipal de Mosqueiro”, anunciou.

Ponto de boas recordações e cartão postal

“Este foi um grande ganho para nós trabalhadores. Trabalho com a venda de água de coco e pipoca aqui na praia, e agora as pessoas param mais para comprar porque querem tirar foto no caramanchão. Além disso, com a nova iluminação diminuiu o risco que as pessoas sentiam de ficar no local. A reforma melhorou muito”, festejou o vendedor, João Batista, 40, anos.

Da mesma foram, dona Ruth de Castro, 70 anos, moradora há mais de 20 anos em Mosqueiro, não escondeu a satisfação em ver o local que costumava frequentar com a mãe e o esposo, completamente revitalizado. “É toda uma lembrança que vem na minha mente. Passávamos as manhãs de domingo apreciando a natureza. Não troco esse lugar por nenhum outro lugar no mundo”, contou.

A adequação do caramanchão durante a reforma significa que não é original da época em que foi construído, mas de períodos segundo explicou a arquiteta Márcia Miranda, da Secretaria Municipal de Urbanismo e coordenadora do projeto de reforma.

A parte em madeira foi construída em maçaranduba, espécie bastante resistente à ação do tempo, considerando que a área recebe fortes correntes de ventos, chuvas e sol. A peça não sofreu alterações na sua concepção arquitetônica, devido à memória afetiva com a história da ilha, seus moradores e visitantes.

“É um cartão-postal da ilha e que precisava ser resgatado, pois estava totalmente deteriorado. Praticamente foi feito um novo caramanchão, sem perder o modelo original, com iluminação nova, paisagismo, recuperação de bancos e calçamentos”, destaca o secretário de Urbanismo, Deivison Alves.

O caramanchão do Chapéu Virado traz na sua memória um período de grande riqueza e esplendor com seu ápice no “ciclo da borracha”. Foi Construído como um delimitador entre a praia do Farol e Chapéu Virado e também um espaço para se desfrutar bons momentos ao ar livre.

“O caramanchão da praia do Chapéu Virado é um dos mais antigos de Mosqueiro. Sua construção é de 1944, refletindo a herança de um passado arquitetônico rico, de influência europeia trazida pelos barões da borracha”, pontua a coordenadora de Patrimônio da Seurb, Débora Leite.

Texto:
Igor Monteiro
Colaboração:
Joyce Assunção

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