Praça Dom Pedro II será devolvida ao povo de Belém neste mês de setembro

• Atualizado há 3 anos ago

A vendedora de lanche Sueli de Oliveira Sousa, 54 anos, que trabalha há 21 anos na Praça Dom Pedro II está na expectativa da inauguração do logradouro, um dos pontos de encontro dos moradores de Belém e de turistas. Na avaliação dela, quando for devolvida ao povo, o patrimônio público impactará diretamente em sua renda, por acreditar em crescimento nas vendas dela e dos demais comerciantes da área. “Vai ficar mais amplo o nosso espaço aqui e estou torcendo pra ser logo inaugurada e assim levantar as vendas”, enfatizou a vendedora.

Outro também ansioso para ver a Dom Pedro II novinha é Douglas Moreira, 49 anos, que mantém uma banca de revista na praça há 25 anos. “Essa praça é muito bonita, além de ser um ponto turístico que atrai bastante público. Estou muito esperançoso que a obra seja concluída logo”. Na opinião dele, faz-se necessário o cuidado da população com a praça, para ter mais visibilidade e atrair mais público.

Para acalmar a ansiedade dos comerciantes que estão no entorno da praça, o titular da Secretária Municipal de Urbanismo (Seurb), Deivison Alves, adianta que ainda este mês o logradouro será entregue totalmente revitalizado. “Estamos ajustando com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) a questão de paisagismo e com a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (SeMOB) os ajuste finais da sinalização”, disse.

Segundo ele, a obra vai resgatar os traços originais do patrimônio arquitetônico, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Para garantir todo o trabalho da obra, a Seurb mantém no canteiro 45 operários, para roçagem, paisagismo, iluminação e limpeza dos monumentos.

História – A Praça Dom Pedro II possui um valor histórico à capital paraense, por estar localizada no Largo do Palácio, onde ocorreram grandes eventos públicos em torno do poder nos séculos XVIII, XIX e XX. Segundo registros históricos, foi a primeira praça construída na cidade, no ano de 1772, e onde foram plantadas as primeiras mangueiras, o que mais tarde faria Belém ser conhecida nacionalmente como a “Cidade das Mangueiras”.

Urbanizada no início do século XX, na administração do Intendente Antônio Lemos, o espaço faz parte do conjunto arquitetônico do centro histórico de Belém. O paisagismo, com caminhos internos sinuosos, remete ao modelo de jardim inglês contrastando com a exuberante flora amazônica.

O calçamento, que fica ao redor do monumento central em homenagem ao General Gurjão e ao redor da praça, é todo feito com mosaicos de pedras portuguesas. Além do monumento central, guarda ainda o marco balizador luso-hispânico e os monumentos em homenagem ao marinheiro brasileiro e ao soldado brasileiro e ainda a charmosa edificação da Casa da Guarda.

Outras obras – Somente este ano, a PMB realizou uma série de inaugurações espaços públicos na área urbana e região das ilhas de Belém. No mês de julho, por exemplo, foi inaugurado o novo Caramanchão da praia do Chapéu Virado, em Mosqueiro, trazendo melhoria e visibilidade na parte turística da ilha.

Em agosto, após passar por revitalização, a Praça Adelaide Farias da Silva, no bairro de Fátima, também foi entregue aos moradores totalmente revitalizada, preservando a vegetação e as árvores de grande porte.

Texto: Mariana Azevedo

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